terça-feira, 1 de junho de 2010

Poker holden - blefs e semi blefs

Uma das estratégias de poker mais conhecidas – porém menos dominadas, podendo levar aos maiores fracassos - é o blefe.


O típico blefe consiste em apostar quando, na realidade, são quase nulas as chances de ganhar. Por exemplo, se o jogador tem a possibilidade de um flush mas não recebe a carta necessária nem no turn nem no river, o blefe poderia fazer com que o rival deste jogador se retirasse e, graças a isso, ele poderia ganhar – mesmo com uma mão mais fraca.

Sempre, antes de tentar um blefe, convém considerar vários fatores:
• - Número de adversários: se forem poucos, melhor. 1 ou 2 seria o ideal.

• - Tipo de adversário: os jogadores fracos são tentados pela curiosidade. É possível que estes paguem as apostas com mãos de pouco valor.

• - Quantidade de fichas no pote: se a quantidade de dinheiro no pote for considerável, será mais difícil obter êxito com o blefe.

• - A própria imagem como jogador: se você for um jogador sólido, estável, terá maior credibilidade.

• - O avanço das jogadas durante a partida: observando o desenrolar do jogo, fica mais fácil determinar o melhor momento de blefar.

• - A posição do jogador: a última é a melhor posição para o blefe.

• - O tipo de flop: se sobre a mesa houver cartas altas, muito provavelmente alguém terá um bom jogo. É melhor esquecer do blefe nos limites menores. Nos maiores - visto que são muitos os oponentes agressivos -, o blefe será uma arma relevante para evitar ser considerado demasiadamente previsível.

O Semiblefe e o Poker

Tecnicamente, um semiblefe é quando fazemos uma aposta (ou um all-in) tendo uma mão que, se a aposta for igualada, certamente não será a melhor. No entanto, haverá boas chances de aparecerem boas cartas, transformando a jogada em uma mão ganhadora.
Portanto, com o semiblefe há 2 maneiras de ganhar:

1. Imediatamente: caso façamos com que o rival desista.

2. Completando a mão com a carta seguinte.

Dessa forma, tendo-se em conta as duas definições que demos (blefe e semiblefe), parece evidente que devemos optar pelo semiblefe, reduzindo ao máximo nossos blefes, pois não há jogadores que ganhem consistentemente blefando demais.

Aqui temos um claro exemplo de semiblefe:

• Estamos no blind com 6o-7p, e outros dois participantes entram no pote: um está em uma posição intermediária, e o outro em uma das últimas. No flop, sai Kp-5o-4c; aqui poderia ser feito um semiblefe para tentar ficar com o pote de imediato, se os oponentes desistirem. Além disso, permanece a chance de fazer uma seqüência - aberta, com oito outs.

Existem razões para não fazer um blefe ou semiblefe?

Sim. A principal é que, se os utilizamos de maneira sistemática, a tática se desgasta. Os melhores resultados aparecerão, pelo contrário, se a empregarmos bem – e só de vez em quando.
Não é conveniente blefar nestas circunstâncias:

1. Se os oponentes nos estudaram, e nos conhecem muito bem. Isso poderá acontecer se já nos tiverem frustrado algum blefe ou semiblefe pouco tempo antes.

2. Em um flop perigoso. Por exemplo, se aparecer um Ás, é provável que algum dos jogadores tenha outro – e blefar contra um Ás não é uma boa idéia. Da mesma forma, não seria sábio blefar com um flop K-Q-9, pois algum adversário poderia formar uma boa mão.

3. Se houver muitos participantes na mesa. É certo que alguém terá uma boa mão, não sendo recomendável correr riscos.

4. Se tivermos acabado de perder uma ou várias mãos importantes, os adversários provavelmente nos responderão com raise ou call.

5. Contra jogadores ruins. Estes gostam bastante de blefar, e ainda mais de frustrar o blefe dos outros. Deve-se ter cuidado com eles, já que costumam fazer call prontamente, mesmo que suas cartas não sejam de todo boas.

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