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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Frustrado na busca

O místico Ramakrishna começou a dedicar-se à vida espiritual desde a idade de dezesseis anos. No começo, chorava amargamente por não conseguir nenhum resultado - apesar de sua dedicação ao trabalho no templo.


Quando já era famoso, um amigo lhe perguntou sobre esta etapa de sua existência. Ramakrishna respondeu.

-Se um ladrão passasse a noite em uma sala, com apenas uma parece fina separando-o de um quarto cheio de ouro, ele conseguiria dormir? Ficaria acordado a noite inteira, arquitetando planos. Quando eu era jovem, desejava Deus mais ardentemente do que o ladrão desejaria aquele ouro, e me custou muito a aprender a maior virtude da busca espiritual: a paciência.”

O pão que caiu do lado errado

Nossa tendência é sempre acreditar que tudo que fazemos sempre tende a dar errado – já que achamos que somos incapazes de merecer uma benção. Eis uma interessante história a respeito:


Um homem tomava despreocupadamente seu café da manhã. De repente, o pão onde acabara de passar manteiga, caiu no chão.

Qual foi sua surpresa quando, ao olhar para baixo, viu que a parte onde tinha passado a manteiga estava virada para cima! O homem achou que tinha presenciado um milagre: animado, foi conversar com seus amigos sobre o ocorrido – e todos ficaram surpresos, porque o pão, quando cai no solo, sempre fica com a parte da manteiga virada para baixo, sujando tudo.

- Talvez você seja um santo – disse um. – E está recebendo um sinal de Deus.

A história logo correu a pequena aldeia, e todos se puseram a discutir animadamente o ocorrido: como é que, contrariando tudo o que se dizia, o pão daquele homem tinha caído no chão daquela maneira? Como ninguém conseguia encontrar uma resposta adequada, foram procurar um Mestre que morava nas redondezas, e contaram a história.

O Mestre pediu uma noite para rezar, refletir, pedir inspiração Divina. No dia seguinte, todos foram até ele, ansiosos pela resposta.

- É uma solução muito simples – disse o mestre. – Na verdade, o pão caiu no chão exatamente como devia cair; a manteiga é que havia sido passada no lado errado.

O caminho do meio

O monge Lucas, acompanhado de um discípulo, atravessava uma aldeia. Um velho perguntou ao asceta:


- Santo homem, como me aproximo de Deus?

- Divirta-se. Louve o Criador com sua alegria - foi a resposta.

Os dois continuaram a caminhar. Neste momento, um jovem aproximou-se.

- O que faço para me aproximar de Deus?

- Não se divirta tanto - disse Lucas.

Quando o jovem partiu, o discípulo comentou:

- Parece que o senhor não sabe direito se devemos ou não devemos nos divertir.

- A busca espiritual e' uma ponte sem corrimão atravessando um abismo – respondeu Lucas. - Se alguém esta' muito perto do lado direito, eu digo 'para a esquerda!' Se aproximam-se do lado esquerdo, eu digo 'para a direita!'. Os extremos nos afastam do Caminho.

A CIDADE E O EXÉRCITO

Conta a lenda que, indo em direção a Poitiers com seu exército, Joana D’Arc encontrou – no meio da estrada – um menino brincando com terra e galhos secos.


- O que você está fazendo? – perguntou Joana D’Arc.

- Não vê? – respondeu o menino. – Isto é uma cidade.

- Ótimo - disse ela. – Agora, por favor, saia do meio da estrada, que eu preciso passar com meus homens.

O menino levantou-se, irritado, e colocou-se diante dela.

- Uma cidade não se move. Um exército pode destruí-la, mas ela não sai do lugar.

Sorrindo com a determinação do garoto, Joana D’Arc ordenou que seu exército saísse da estrada e contornasse a “construção”.

ONDE DEUS RESIDE

O grande rabino Yitzhak Meir, quando ainda estudava as tradições de seu povo, escutou um de seus amigos dizer, em tom de brincadeira:


- Eu lhe dou uma moeda se você conseguir me dizer onde Deus mora.

- E eu lhe darei duas moedas, se você me disser onde Deus não mora – respondeu Meir.

NASRUDIN SEMPRE ESCOLHE ERRADO

Todos os dias Nasrudin ia esmolar na feira, e as pessoas adoravam vê-lo fazendo o papel de tolo, com o seguinte truque: mostravam duas moedas, uma valendo dez vezes mais que a outra. Nasrudin sempre escolhia a menor.


A história correu pelo condado. Dia após dia, grupos de homens e mulheres mostravam as duas moedas, e Nasrudin sempre ficava com a menor.

Até que apareceu um senhor generoso, cansado de ver Nasrudin sendo ridicularizado daquela maneira. Chamando-o num canto da praça, disse:

- Sempre que lhe oferecerem duas moedas, escolha a maior. Assim terá mais dinheiro, e não será considerado idiota pelos outros.

- O senhor parece ter razão - respondeu Nasrudin. - Mas se eu escolher a moeda maior, as pessoas vão deixar de me oferecer dinheiro, para provar que sou mais idiota que elas. O senhor não sabe quanto dinheiro já ganhei, usando este truque.

“Não ha' nada de errado em se passar por tolo, se na verdade o que você está fazendo é inteligente".

O QUE MAIS SE PREOCUPAVA

O autor Leo Buscaglia foi certa vez convidado a ser jurado de um concurso numa escola, cujo tema era: “a criança que mais se preocupa com os outros”.


O vencedor foi um menino cujo vizinho – um senhor de mais de oitenta anos – acabara de ficar viúvo. Ao notar o velhinho no seu quintal,, em lágrimas, garoto pulou a cerca, sentou-se no seu colo, e ali ficou por muito tempo.

Quando voltou para sua casa, a mãe lhe perguntou o que dissera ao pobre homem.

- Nada – disse o menino. – Ele tinha perdido a sua mulher, e isso deve ter doído muito. Eu fui apenas ajuda-lo a chorar.

A JANELA E O ESPELHO

Um jovem muito rico foi ter com um rabi, e lhe pediu um conselho para orientar a vida. Este o conduziu até a janela e perguntou-lhe:


- O que vês através dos vidros?

- Vejo homens que vão e vêm, e um cego pedindo esmolas na rua.

Então o rabi mostrou-lhe um grande espelho e novamente o interrogou:

- Olha neste espelho e dize-me agora o que vês.

- Vejo-me a mim mesmo.

- E já não vês os outros! Repara que a janela e o espelho são ambos feitos da mesma matéria prima, o vidro; mas no espelho, porque há uma fina camada de prata colada a vidro, não vês nele mais do que a tua pessoa. Deves comparar-te a estas duas espécies de vidro. Pobre, vias os outros e tinhas compaixão por eles. Coberto de prata – rico – vês apenas a ti mesmo. Só valerás alguma coisa, quando tiveres coragem de arrancar o revestimento de prata que tapa os olhos, para poderes de novo ver e amar aos outros.

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