Um dia, enquanto caminha pela rua, uma pessoa,é tragicamente atropelada por
um caminhão e morre.
Sua alma chega ao vale dos mortos e se encontra, com o guardião.
Bem-vinda ao vale, diz o Guardião.
Antes que você se acomode, parece que temos um problema.
Você vai perceber que é muito raro um pessoa assim soberba como você cheia
de si, chegar aqui e não estamos seguros do que fazer com você.
* Não tem problema, deixe-me entrar, na porta do paraíso!
* Bom, eu gostaria, mas tenho ordens do Superior. O que faremos é fazer com
que você passe um dia no inferno e outro no paraíso, e então poderá escolher
onde passar a eternidade.
* Então, já está decidido. Prefiro ficar no paraíso, diz a pessoa.
* Sinto muito, mas temos nossas regras.
E, assim, o guardião acompanha a pessoa ao ““elevador””
e desce, desce, desce até o inferno.
As portas se abrem e aparece um verde campo de golfe.
Mais distante um belo clube.
Lá estão todos os seus amigos, colegas diretores com que trabalhou , todos
em trajes de festa e muito felizes.
Correm para cumprimentá-la, beijam-na e se lembram dos bons tempos.
Jogam uma agradável partida de golfe, mais tarde jantam juntos num clube
muito bonito e se divertem contando piadas e dançando.
O diabo, então, era um anfitrião de primeira classe, elegante, charmoso,
muito educado e divertido.
Ela se sente de tal maneira bem que, antes que se dê conta, já é hora de ir
embora.
Todos lhe apertam as mãos e se despedem enquanto ela entra no “elevador”.
O “elevador” sobe, sobe, sobe, e ela se vê novamente na porta do paraíso,
onde o guardião a espera.
* Agora é a hora de visitar o céu.
Assim, nas 24 horas seguintes, a pessoa se diverte pulando de nuvem em
nuvem, tocando harpa e cantando. É tudo tão bonito e tão sereno, que, quando
percebe, as 24 horas se passaram e o guardião vai buscá-la.
Então, passou um dia no inferno e outro no paraíso.
Agora você deve escolher sua eternidade.
A pessoa pensa um pouco e responde:
Senhor, o paraíso é maravilhoso, mas penso que me senti melhor no inferno,
com todos os meus amigos e aquela intensa vida social.
Assim, o guardião a acompanha até o “elevador”, que outra vez desce, desce,
desce, até o inferno.
Quando as portas do “elevador” se abrem ela depara com um deserto,
inóspito, sujo, cheio de desgraças e coisas ruins. Vê todos os seus amigos,
vestidos com trapos, trabalhando como escravos, aguilhoados por diabos
inferiores,
que estão recolhendo as desgraças e colocando-as dentro de bolsas pretas.
O diabo se aproxima e conduz a pessoa pelo braço, com brutalidade.
Não entendo - balbucia a pessoa. - Ontem eu estava aqui e havia um campo de
golfe, um clube, comemos lagosta e caviar, dançamos e nos divertimos muito.
Agora tudo o que existe é um deserto cheio de lixo e
todos os meus amigos parecem uns miseráveis.
O diabo olha para ela e sorri:
Ontem estávamos te contratando.
Hoje você faz parte da equipe.
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