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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Desafio lógico "despertando do coma"

   Um homem acorda depois de ter passado vários anos em coma. Tem amnésia, mas não perdeu o seu pensamento lógico! Encontra à sua frente uma mulher que se diz ser sua irmã e que tem no colo um bebê com cerca de 1 ano.
   Depois do choque inicial, pergunta à irmã se aquele bebê é filho dela e ela responde que sim e acrescenta que teve o bebê um ano depois de casar e que casou precisamente no dia em que fez 27 anos.
   O homem lembrou-se vagamente das suas brigas com a irmã e até que tinha mais um ou dois anos do que ela.
   Entretanto, a irmã continuou a falar e disse que os pais tinham-se separado à 6 meses e que, por isso, a mãe vinha visitá-lo no 1º dia de cada mês e o pai no último dia de cada mês.
   "Na última vez que a mãe esteve aqui contigo, ligou-me e, depois de ter rezado ao teu lado e de ter ido à missa como faz todos os domingos, disse-me que tinha a sensação de que ias despertar este mês." disse a irmã. E continuou: "O pai também vai ficar muito feliz! O meu marido já foi chamá-lo, neste momento deve estar a jogar a sua partida de dominó de sábado. Que alegria lhe vais dar! E ele a pensar que ia vir visitar-te amanhã e afinal acordaste!" 
   Quando o homem ia perguntar a data desse dia, deu-se conta de um medalhão que levava ao peito e que tinha o ano em que tinha nascido: 1973.
Então, sorriu e disse à irmã: ___________, que belo dia para despertar!

Em que dia, mês e ano despertou?


Para ver a resposta, clique segure e arraste o mouse entre as figuras abaixo:
28 de Fevereiro de 2004

sábado, 29 de outubro de 2011

Problema matemático das apostas com dados

Edmundo é um apostador e adora jogar dados.

Sempre que pode aposta e faz sempre da mesma maneira: ganhe ou perca, aposta a metade do dinheiro que tem, contando ja com os ganhos ou perdas acumuladas obviamente.
Numa tarde, tinha 16 reais e jogou 6 vezes, das quais ganhou três e perdeu outras três.

Com quanto Edmundo saiu da casa de apostas?


Para ver a resposta clique e arraste o mouse entre as figuras abaixo
₢  É indiferente a ordem das vitórias e derrotas. Apenas temos a condição de que são três vitórias e três derrotas. Assim, temos:   16+8=24     24+12=36     36+18=54     54-27=27     27-13.5=13.5      13.5-6.75=6.75    Pegando no valor inicial fazemos: 16-6.75=  9.25 reais    ₢

sábado, 24 de setembro de 2011

Puzzle matemático

     Descubra o que vale cada letra dessa expressão...

ABC × DEF = 123456, se A = 1

    Para ver a resposta clique segure e arraste o mouse entre as figuras abaixo.

₢  192 × 643 = 123456    

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Datas capícuas raríssimas

   Dia 20 de fevereiro de 2002 foi uma data histórica. Durante um minuto, houve uma conjunção de números que somente ocorre duas vezes por milênio.
    Essa conjugação ocorreu exatamente às 20 horas e 02 minutos de 20 de fevereiro do ano 2002, ou seja, 20:02 20/02 2002.
   É uma simetria que na matemática é chamada de capicua (algarismos que dão o mesmo número quando lidos da esquerda para a direita, ou vice-versa). A raridade deve-se ao fato de que os três conjuntos de quatro algarismos são iguais (2002) e simétricos em si (20:02, 20/02 e 2002).
    A última ocasião em que isso ocorreu foi às 11h11 de 11 de novembro do ano 1111, formando a data 11h11 11/11/1111. A próxima vez será somente às 21h12 de 21 de dezembro de 2112 (21h12 21/12/2112). Provavelmente não estaremos aqui para presenciar.
    Depois, nunca mais haverá outra capicua. Em 30 de março de 3003 não ocorrerá essa coincidência matemática, já que não existe a hora 30.

Desafio de matemática para descobrir data de nascimento

1.   Pedir para alguém pensar no número do mês em que nasceu (janeiro = 1; fevereiro = 2, etc). Não falar o número.
2.   Pedir para multiplicar por Dois (X2).
3.   Ao resultado somar cinco (+5).
4.   depois multiplicar por cinqüenta (X50).
5.   Pedir para somar o resultado com a sua idade atual.
6.   Peça o resultado.
7.   Agora você, diminua do resultado 365 e some 115.

O resultado = X1X2 - X3X4
X1X2 é o número do mês do nascimento. (pode ser apenas um dígito)
A dezena formada por X3X4 é a idade da pessoa.

Cálculo mágico - desafie seus amigos

   O mágico pede para alguém escrever duas séries de algarismos, de cinco dígitos cada uma, não usando zeros. Suponha que o espectador escreveu os seguintes números:
2.3.6.9.7
4.1.6.5.2
   O mágico examina os numeros e, por sua vez, escreve num papel e o guarda no bolso ou com alguém. Então escreve uma terceira série, pedido ao auditório que escreva abaixo uma quarta série, à qual ele acrescente uma quinta. "Estou dando um exemplo de cálculo-relâmpago" -- diz o mágico. -- "sera que poderão me fazer o obséquio de somar a conta e dizer-me o total? ". Apos feito o cálculo pelo auditório é apresentado o resultado, o mágico sugere que seja desdobrado o papel que entregara ao espectador. A soma exata aparece escrita.

O segredo é seguinte:
Ao anotar no quadro-negro a terceira e a quinta séries de algarismos, o artista somente utilizará aqueles que, somados ao da série anterior resultariam em 9. Assim, por exemplo, se a segunda série é
4.1.6.5.2
o mágico escreve
5.8.3.4.7
na terceira.
Assim procedendo, o mágico pode sempre atinar instanteamente com o resultado final, bastando-lhe, para isto, subtrair 2, do número da primeira série, e colocar 2 diante do primeiro número do resultado da subtração por dois.

Seja o caso:
Auditório : 2.3.6.9.7
Auditório : 4.1.6.5.2
Mágico : 5.8.3.4.7
Auditório : 8.4.3.2.1
Mágico : 1.5.6.7.8
TOTAL : 2 2 3 6 9 5

Truque:
Apenas com a primeira série é possível saber o resultado.
número da primeira série (2 3 6 9 7) - 2 = resultado da subtração (2 3 6 9 5)
Colocar o número (2) (2 3 6 9 5) antes do resultado da subtração.
Obtendo-se o resultado 2 2 3 6 9 5, exato o da conta.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Quadrados mágicos - Livro matematica divertida e curiosa (Malba Tahan)

   Tomemos um quadrado e dividamo-lo em 4, 9, 16... quadrados iguais — os quais denominaremos casas.
Em cada uma dessas casas, coloquemos um número inteiro. A figura obtida será um quadrado mágico quando a soma dos números que figuram numa coluna, numa linha ou sobre uma diagonal for sempre a mesma. Esse resultado invariável é denominado constante do quadrado, e o número de casas de uma linha é o módulo do quadrado.
   Os números que ocupam as diferentes casas de um quadrado mágico devem ser todos diferentes. No original desenho de Acquarone figura um quadrado mágico de módulo 3 com a constante igual a 15.
   É obscura a origem dos quadrados mágicos. Acredita-se que a construção dessas figuras constituía já, em época remota, um passatempo que prendia a atenção de um grande número de curiosos.
   Como os antigos atribuíam a certos números propriedades cabalísticas, era muito natural que vissem virtudes mágicas nos arranjos especiais desses números.
   Os quadrados mágicos de módulo ímpar, escreve Rouse
Bali,50 foram construídos na Índia em um período anterior à era
cristã, e introduzidos por Moschopoulos, apareceram na Europa
nos primeiros anos do século XV. Não poucos astrônomos e físicos
da Idade Média estavam convencidos da importância desses arranjos
numéricos. O famoso Cornélio Agrippa (1486-1535) construiu
quadrados mágicos com os módulos 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, que
representavam, simbolicamente, os sete astros que os astrólogos
daquele tempo denominavam planetas: Saturno, Júpiter, Marte,
Sol, Vênus, Mercúrio e Lua. Para ele o quadrado com uma casa
(módulo 1), tendo nessa casa única o número 1, simbolizava a unidade
e a eternidade de Deus, e como o quadrado com 4 casas não
podia ser construído, ele inferia desse fato a imperfeição dos quatro
elementos: o ar, a terra, a água e o fogo; posteriormente —

acrescenta ainda Rouse Bali — outros escritores afirmaram que esse quadrado devia simbolizar o pecado original. Agrippa, acusado
de exercer feitiçaria, foi condenado a um ano de prisão.
Os orientais, que apreciavam todos os fatos correntes da vida
sob o prisma da superstição, acreditavam que os quadrados
mágicos eram amuletos e serviam de preservativos de certas moléstias.
   Um quadrado mágico de prata, preso ao pescoço, evitava
o contágio da peste.
   Quando um quadrado mágico apresenta certa propriedade,
como, por exemplo, a de ser decomponível em vários quadrados
mágicos, é denominado um quadrado hipermágico.
Entre os quadrados hipermágicos podemos citar os quadrados
diabólicos. São assim denominados os quadrados que continuam mágicos quando transportamos uma coluna ou uma linha de um lado para o outro.
   Entre os quadrados mágicos singulares, poderíamos citar os
bimágicos e os trimágicos.
   Denomina-se bimágico o quadrado que continua mágico
quando elevamos todos os seus elementos ao quadrado. Trimágico é aquele que não perde a sua propriedade quando elevamos os seus elementos ao cubo. Para a construção dos quadrados mágicos, há diversos processos.
   Em 1693, Frenicle de Barry publicou um estudo sobre os quadrados mágicos, apresentando uma lista completa de 880 quadrados mágicos de módulo igual a 9.

A numeração entre os selvagens - Livro matematica divertida e curiosa (Malba Tahan)

   Os tamanis do Orenoco têm nomes de etimologia desconhecida para os números até quatro;52 já o número cinco é expresso por uma palavra que significa na linguagem corrente mão inteira; para indicar seis empregam a expressão um de outra mão; o sete, dois de outra mão. E assim vão formando sucessivamente os números até dez, que é designado por duas palavras: duas
mãos. Para o onze, apresentam eles as duas mãos e mostram um pé, enunciando uma frase que poderíamos traduzir: um do pé; o doze seria dois do pé; e assim por diante, até quinze, que corresponderá
precisamente à frase: um pé inteiro. O número dezesseis tem uma formação interessante, pois é indicado pela frase um do outro pé; passando ao dezessete, diriam dois do outro pé, e do mesmo modo iriam formando os outros números inteiros até vinte, que é tevin itóto, isto é, um índio. O número seguinte ao tevin itóto, o vinte e um, para os filhos do Orenoco, corresponde à expressão: uma das mãos de outro índio.
   Método semelhante é usado entre os groenlandeses, para os quais o numeral cinco é tatdiimat (mão); seis é arfinek ottausek (um sobre outra mão); vinte é inuk navdlugo (um homem completo). Vale a pena citar aqui, a título de curiosidade, a maneira pela qual os naturais da Groenlândia exprimem o número cinquenta e três. Esse número é expresso por uma frase que quer dizer literalmente: três dedos do primeiro pé do terceiro homem!
   Em grande número de tribos brasileiras:53 cairiris, caraíbas, carajás, coroados guakis, júris, omaguas, tupis etc, aparecem, com algumas variantes, os numerais digitais: os omaguas empregam a palavra pua, que significa mão, para exprimir também cinco, e com a palavra puapua indicam dez; os júris, com a mesma frase, indicam, indiferentemente, homem ou cinco. Segundo Balbi, os guaranis dizem po-mocoi (duas mãos) para dez e po-petei (uma mão) para cinco.
   No Bakahiri há nomes especiais para designar os números um, dois e três; o quatro é formado pela expressão dois e dois; o cinco é indicado por uma frase que significa dois e dois e um; analogamente formam o número seis, dizendo: dois e dois e dois. Desse número (6) em diante, limitam-se a mostrar todos os
dedos da mão (como aliás já faziam para os primeiros números), e depois todos os dedos dos pés, apalpando-os vagarosamente, dedo por dedo, demorando-se no dedo correspondente ao número.
   É um exemplo admirável de uma língua onde o gesto indica o número, não havendo vocábulos próprios, senão para os três primeiros cardinais. E mesmo em relação à existência de vocábulos especiais para esses primeiros (um, dois, três) há dúvidas, pois Von den Steinen declara que na primeira viagem ouviu o numeral três expresso por uma palavra que significava, propriamente, dois e um; mais tarde, 1887, ao realizar uma segunda viagem, ouviu o mesmo número (3) indicado por outra forma, sobre cuja etimologia nada conseguiu apurar.

O numero 100 - Livro matematica divertida e curiosa (Malba Tahan)

   Escrever uma expressão igual a 100 e na qual figurem, sem repetição, os 9 algarismos significativos.
Eis duas das soluções apresentadas para esse problema,
Clique e arraste entre as figuras abaixo para verificar a resposta:

₢    1 0 0 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 x 9       ou        100 = 91 + 5742 / 638   ₢

   Agora ache o numero 100 usando apenas 4 noves...

₢   100 = 99 + 9 / 9   ₢

   E ache o numero 100 empregando sete vezes o algarismo 8...

₢   100 = 88 + 8 / 8 + 88 / 8  

O problema do xadrêz - Livro matematica divertida e curiosa (Malba Tahan)

  Esta é a versão completa de uma charada matemática que ja postei aqui de forma resumida. O texto é um pouco longo mas muito interessante. A versão simples esta nomeada de " O rei e o xadrêz ".


Diz uma antiga lenda que Lahur Sessa ofereceu
ao rei Iodava, senhor de Taligana, o jogo de xadrez
por ele inventado. O monarca, encantado com
o maravilhoso presente, quis dar a Sessa uma recompensa.

   E, dirigindo-se ao jovem brâmane, disse-lhe: — Quero recompensar-te, meu amigo, por este maravilhoso
presente que de tanto me serviu para alívio das velhas angústias. Dize-me, pois, o que desejas para que eu possa, mais uma vez, demonstrar o quanto sou grato para com aqueles que se mostram dignos de prémios.
   As palavras com que o rei traduzia o generoso oferecimento deixaram Sessa imperturbável. A sua fisionomia serena não traiu a menor emoção, a mais insignificante mostra de alegria ou surpresa. Os vizires olhavam-no atônitos e entreolhavam-se pasmados diante da apatia de uma cobiça a que se dava o direito da
mais livre expansão. 
— Rei poderoso! — exclamou o jovem. — Não desejo, pelo presente que hoje vos trouxe, outra recompensa, além da satisfação de ter proporcionado ao senhor de Taligana um passatempo
agradável que lhe vem aligeirar as horas dantes alongadas por uma tristeza acabrunhante. Já estou, portanto, sobejamente aquinhoado e outra qualquer paga seria excessiva. 
   Sorriu desdenhosamente o bom soberano ao ouvir aquela resposta que refletia um desinteresse tão raro entre os ambiciosos hindus. E, não crendo na sinceridade das palavras de Sessa, insistiu: 
— Causa-me assombro a tua simplicidade e o teu desamor
aos bens materiais, ó moço! A modéstia, quando excessiva, é como o vento que apaga o archote, deixando o viandante nas trevas de uma noite interminável. Para que possa o homem vencer os múltiplos obstáculos que se lhe deparam na vida, precisa ter o espírito preso às raízes de uma ambição que o encaminhe a um
ideal qualquer. Exijo, portanto, que escolhas, sem mais demora, uma recompensa digna da tua valiosa oferta. Queres uma bolsa cheia de ouro? Desejas uma arca repleta de jóias? Já pensaste em possuir um palácio? Almejas a administração de uma província? Aguardo a tua resposta por isto que à minha promessa
está ligada a minha palavra!
— Recusar o vosso oferecimento depois de vossas últimas palavras — respondeu Sessa — seria menos uma descortesia do que desobediência ao rei. Vou, pois, aceitar pelo jogo que invente uma recompensa que corresponda à vossa generosidade; não desejo, contudo, nem ouro nem terras ou palácios. Peço o meu pagamento em grãos de trigo. 
— Grãos de trigo? — exclamou o rei, sem ocultar o espanto que lhe causava semelhante proposta. — Como poderei pagar-te com tão insignificante moeda? 
— Nada mais simples — elucidou Sessa. — Dar-me-eis um grão de trigo pela primeira casa do tabuleiro; dois, pela segunda; quatro, pela terceira, oito, pela quarta; e, assim, dobrando sucessivamente até a sexagésima quarta e última casa do tabuleiro. Peço-vos, ó rei, de acordo com a vossa magnânima oferta, que autorizeis o pagamento em grãos de trigo, e assim como indiquei! 
   Não só o rei como os vizires e venerandos brâmanes presentes riram-se estrepitosamente ao ouvir a estranha solicitação do tímido inventor. A desambição que ditara aquele pedido era, na verdade, de causar assombro a quem menos apego tivesse aos lucros materiais da vida, O moço brâmane, que bem poderia obter do rei um palácio ou uma província, contentava-se com grãos de trigo! 
— Insensato! — exclamou o rei. — Onde foste aprender tão grande desamor à fortuna? A recompensa que me pedes é ridícula. Bem sabes que há, num punhado de trigo, um número incontável de grãos. Deves, compreender, portanto, que com duas ou três medidas de trigo eu te pagarei, folgadamente, consoante o teu  pedido, pelas sessenta e quatro casas do tabuleiro. É certo, pois, que pretendes uma recompensa que mal chegará para distrair, durante alguns dias, a fome do último "pária" do meu reino. Enfim, visto que minha palavra foi dada, vou expedir ordens para que o pagamento se faça imediatamente conforme teu desejo. 
   Mandou o rei chamar os algebristas mais hábeis da corte e ordenou-lhes que calculassem a porção de trigo que Sessa pretendia. Os sábios matemáticos, ao cabo de algumas horas de acurados estudos, voltaram ao salão para submeter ao rei o resultado completo de seus cálculos.
   Perguntou-lhes o rei, interrompendo a partida que então jogava:
— Com quantos grãos de trigo poderei, afinal, desobrigarme
da promessa que fiz ao jovem Sessa?
— Rei magnânimo — respondeu o mais sábio dos geômetras.
— Calculamos o número de grãos de trigo que constituirá o pagamento pedido por Sessa, e obtivemos um número49, cuja grandeza é inconcebível pela imaginação humana. Avaliamos, em seguida, com o maior rigor, a quantos sacos corresponderia esse total de grãos, e chegamos à seguinte conclusão: a porção de trigo que deve ser dada a Lahur Sessa equivale a uma montanha que tendo por base a cidade de Taligana, fosse cem vezes mais alta do que o Himalaia! A Índia inteira, semeados todos os seus campos, taladas todas as suas cidades, não produziria, num século, a quantidade de trigo que, pela vossa promessa, cabe, em
pleno direito, ao jovem Sessa!
   Como descrever aqui a surpresa e o assombro que essas palavras causaram ao rei ladava e a seus dignos vizires? O sobera no hindu via-se, pela primeira vez, diante da impossibilidade de cumprir a palavra dada.
   Lahur Sessa — rezam as crónicas do tempo —, como bom súdito, não quis deixar aflito o seu soberano. Depois de declarar publicamente que abria mão do pedido que fizera, dirigiu-se respeitosamente ao monarca e assim falou:
— Meditai, ó rei, sobre a grande verdade que os brâmanes prudentes tantas vezes repetem: Os homens mais avisados iludemse, não só diante da aparência enganadora dos números, mas também com a falsa modéstia dos ambiciosos. Infeliz daquele que toma sobre os ombros o compromisso de honra por uma dívida cuja grandeza não pode avaliar com a tábua de cálculo de sua própria argúcia. Mais avisado e o que muito pondera e pouco promete! Após ligeira pausa, acrescentou: — Menos aprendemos com a ciência vã dos brâmanes do que com a experiência direta da vida e as suas lições de todo o dia, a toda hora desdenhadas!
O homem que mais vive, mais sujeito está às inquietações morais, mesmo que não as queira. Achar-se-á ora triste ora alegre; hoje fervoroso, amanhã tíbio; já ativo, já preguiçoso; a compostura alternará com a leviandade. Só o verdadeiro sábio, instruído nas regras espirituais, eleva-se acima dessas vicissitudes, paira
por sobre todas essas alternativas. Essas inesperadas e tão sábias palavras calaram fundo no espírito do rei. Esquecido da montanha de trigo que, sem querer, prometera ao jovem brâmane, nomeou-o seu primeiro-vizir. E Lahur Sessa, distraindo o rei com engenhosas partidas de xadrez e orientando-o com sábios e prudentes conselhos, prestou os mais assinalados benefícios ao seu povo e ao país para maior segurança do trono e maior glória de sua pátria.

Lugar para o 6 - Livro matematica divertida e curiosa (Malba Tahan)

   Tomemos o número 21578943 no qual figuram todos os algarismos significativos com exceção do 6.
Se multiplicarmos esse número por 6, vamos obter um resultado muito interessante. É um número formado por todos os algarismos, inclusive o próprio 6.

21578943 x 6 = 129473658

  Um curioso das transformações numéricas observou que os algarismos mudaram de posição de modo a permitir que o 6 pudesse aparecer no produto. Foi, afinal, uma espécie de "gentileza" que os algarismos do multiplicando quiseram fazer ao algarismo único do multiplicador.

Epitáfio de Diofanto - Livro matematica divertida e curiosa (Malba Tahan)

   Um problema da antologia grega apresentado sob a forma curiosa de epitáfio: "Eis o túmulo que encerra Diofanto — maravilha de contemplar! Com um artifício aritmético a pedra ensina a sua idade:" "Deus concedeu-lhe passar a sexta parte de sua vida na juventude; um duodécimo na adolescência; um sétimo, em seguida, foi passado num casamento estéril. Decorreram mais cinco anos, depois do que lhe nasceu um filho. Mas esse filho — desgraçado e, no entanto, bem amado! — apenas tinha atingido a metade da idade de seu pai e morreu. Quatro anos ainda, mitigando a própria dor com o estudo da ciência dos números, passou-os
Diofanto, antes de chegar ao termo de sua existência." Em linguagem algébrica, o epigrama da antologia seria traduzido pela seguinte equação do 1? grau:

x/6 + x/12 + x/7 + 5 + x/2 + 4 = x

na qual x representa o número de anos que viveu Diofanto.

A coroa de Hierão - Livro matematica divertida e curiosa (Malba Tahan)

   Hierão, rei de Siracusa, no ano de 217 a.C, mandou ao seu ourives 10 libras de ouro para a confecção de uma coroa que ele desejava oferecer a Júpiter. Quando o rei teve a obra acabada, verificou que ela tinha as 10 libras de peso, mas a cor do ouro inspirou-lhe a desconfiança de que o ourives tivesse ligado prata com o ouro. Para pôr a limpo a dúvida, consultou Arquimedes, matemático famosíssimo. Arquimedes, tendo achado que o ouro perde na água 52 milésimos do seu peso, e a prata, 99 milésimos, procurou saber o peso da coroa mergulhada na água e achou que era de 9 libras e 6 onças; com estes três dados, descobriu a quantidade de prata que tinha a coroa.
   Quem nos poderá calcular a quantidade de ouro e de prata que continha o presente destinado ao deus dos deuses? Há, em relação a esse problema, uma lenda muito curiosa: Conta-se que Arquimedes pensou muito tempo sem poder resolver o problema proposto pelo rei Hierão. Um dia, estando no banho, descobriu o modo de solucioná-lo, e, entusiasmado, saiu dali a correr para o palácio do monarca, gritando pelas ruas de Siracusa: Eureca! Eureca! — o que quer dizer: Achei! Achei!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O massacre dos Judeus - Livro matematica divertida e curiosa (Malba Tahan)

   O historiador Josefo, governador da Galiléia, que resistiu heroicamente ao ataque das legiões de Vespasiano, sendo, afinal, vencido, refugiou-se numa caverna com 40 judeus patriotas. Sitiados pelos romanos, decidiram todos antes matarem-se do que se entregarem aos inimigos. Formaram-se em roda, e contaram 1, 2 e 3, e todo aquele em que caía o número 3 era morto.
   Em que lugar, devia estar Josefo para escapar a esta horrenda matança?

OBS: A contagem de 3 em 3 continuou dando voltas na roda até que sobraram menos de 3 pessoas, então conclui-se que somente em duas posições na roda houve sobreviventes...

Para verificar a resposta, clique, segure e arraste o mouse entre as figuras abaixo.

  A solução desse problema pode ser obtida facilmente com auxílio de um dispositivo prático: basta escrever em roda 41 números, e, começando pelo primeiro, cancelar com um traço cada número de 3 em 3.
Depois de passar por todo o quadro, continuar do mesmo modo a contar, não tomando mais em consideração os números cancelados, porque estes passam a representar os soldados mortos. Findo o trabalho, vê-se que só dois judeus escaparam àquele morticínio: foram os que se achavam nos lugares 16 e 31. Um desses lugares privilegiados escolhera para si o governador Josefo, o qual em vez de matar o seu companheiro e depois sui-cidar-se, resolveu entregar-se, com todas as garantias, a Vespasiano. Eis uma lenda que parece datar do século I da era cristã.   ₢

Os sete navios - Livro matematica divertida e curiosa (Malba Tahan)

   Certa vez, já lá vão alguns anos, por ocasião de um congresso científico, e no fim de um almoço em que se encontravam reunidos vários matemáticos conhecidos, alguns deles ilustres, pertencentes a diversas nacionalidades, Eduardo Lucas anuncioulhes, inesperadamente, que lhes ia propor um problema de matemática,
e dos mais difíceis.
— Suponho — começou o ilustre geômetra —, é, infelizmente, simples suposição, que todos os dias, ao meio-dia, parte do Havre para Nova York um navio e que, à mesma hora, um paquete da mesma companhia parte de Nova York para o Havre. A travessia é feita sempre em sete dias, tanto num sentido como no outro.
   Quantos navios dessa companhia, seguindo a rota oposta, encontra, em caminho, o paquete que parte do Havre hoje ao meio-dia?  Você saberia responder?

Para verificar a resposta, clique, segure e arraste o mouse entre as figuras abaixo.

₢  É, pois, certo que um vapor, tendo partido do Havre no dia 9 chega a Nova York no dia 16, encontra-se
no mar com 13 barcos, mais o que entra no Havre no momento da partida, e mais o que sai de Nova York no momento da chegada, isto é, 15 ao todo.  ₢

Curiosidades com produtos matemáticos - Livro Matematica divertida e curiosa (Malba Tahan)

   As potências inteiras de 11 não deixam de chamar a nossa
atenção e podem ser incluídas entre os produtos curiosos.
11 x 11 = 121
11 x 11 x 11 = 1331
11 x 11 x 11 x 11 = 14641


   Disposição não menos interessante apresentam os algarismos
dos números 9, 99, 999 etc. quando elevados ao quadrado:
92 = 81
992 = 9801
999: = 998001
9999- = 99980001


   Vale a pena observar que o número de noves à esquerda é
igual ao número de zeros que ficam entre os algarismos 8 e 1.

sábado, 14 de maio de 2011

Desafio matemático do cofre do professor Matrix

Desafio da queima das velas

    Num dia de tempestade, faltou luz e Rodrigo resolveu acender duas velas. Quando a luz voltou, ele apagou as velas. Elas tinham o mesmo tamanho, sendo que a primeira tinha autonomia de 3 horas, enquanto que a segunda tinha autonomia de 5 horas. Depois de apagadas, Rodrigo percebeu que o resto de uma tinha o dobro do resto da outra. Quanto tempo Rodrigo ficou sem luz?

Para verificar a resposta clique, segure e arraste o mouse entre as figuras abaixo.

₢ 
Temos que admitir que a queima delas é constante. Logo, podemos dizer que o comprimento da vela em cada instante é uma função polinomial do 1º grau (função afim).
Consideremos:
v1 → velocidade de queima da vela 1 (V1)
v2 → velocidade de queima da vela 2 (V2)
x → comprimento das velas
t →  tempo que faltou luz (o queremos saber)
Quando a luz voltou a vela V1 estava com comprimento x´ e a vela V2 com comprimento 2x' (o enunciado afirma que uma tinha o dobro do resto da outra). Note que a V1 queima mais rápido que a vela V2. Lembrando que v = d/t, temos:
Desafio_11_-_Queima_de_velas_I_-_Microsoft_Word_2
Igualando a eq. I com a eq. II, temos:
Desafio_11_-_Queima_de_velas_I_-_Microsoft_Word_3
Substituindo x' na eq. I, temos:
Desafio_11_-_Queima_de_velas_I_-_Microsoft_Word_4
Portanto, Rodrigo ficou sem luz aproximadamente 2 horas e 8 minutos.  ₢

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